terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Escárnio II

Pois o governo (leia-se Presidência) resolveu reformar - de novo - o Palácio do Planalto, residência oficial da Presidente da República. E o servicinho, coisa de trocados, trocar umas cortininhas aqui, botar umas TVs de plasma ali, mais uns frigobares acolá, vai custar a ninharia de R$ 650 mil, uma pechincha. Em 2009, no governo do Lula, já havia a "viúva" - como diz o Elio Gaspari - gastado uns R$ 800 paus. De formas que - no dizer de um antigo professor do Direito da UFPel - em três anos as burras gastarão R$ 1 milhão e meio nesses pequenos ajustes para tonar o Palácio habitável. Destaque para o fato de que a atual ocupante da residência mora sozinha, o local não é hotel de trânsito para dignitários estrangeiros. Afora uma que outra visitinha do ex - a propósito se o cara, ex, tem tanta influência e proximidade coma nossa "Dama de Ferro" a ponto de passar as férias com ela numa praia privativa na Base de Aratu, imagino o que não mandaria se fosse o "primeiro damo", não há moradores fixos na residência. Mas, tudo bem, nós estamos aí pra isso mesmo, sustentar os encargos da liturgia do cargo. Fico pensando o que os petralhas falariam se tais despesas fossem feitas por FHC...!

Escárnio

Ouvindo, como seguidamente faço, o Guaíba Cidades hoje de manhã, escutei e me surpreendi com a informação que o Fábio Marçal, correspondente em Brasília, passou dando conta que um jornalista do Senado ganha, em cinco anos de serviço, 30 mil reais mensais. Entra ganhando menos mas chega a esses 30 paus no quinquídio seguinte. Ora, isso é um escárnio não apenas à classe dos jornalistas em geral - o piso no RS não chega a R$ 1.500,00, como ao povo brasileiro. E fico a perguntar como um funcionário, de nível superior, claro, mas ainda assim um funcionário sem chefia, pode ganhar mais do que o teto salarial previsto na Constituição e que é o que ganha um ministro do Supremo? Que país é este em que um delegado de Polícia ganha em início de carreira menos do que um terço disso e um capitão da BM recebe menos do que 1/6 ??? que distorções estrondosas existem neste país, além das atinentes à educação, à saúde, ao lazer, à habitação, às condições de vida em geral? Será este o país que os políticos querem para os brasileiros? Que insulto à nossa existência de cidadãos?? E nós votamos nessa gente!!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Biografia brilhante

Ligado como sempre em emissora da capital nesta manhã ouvi o entusiasmado âncora noticiar, em relação ao anúncio de que conhecido político gaúcho será indicado para relevante cargo na esfera federal da Conab, pelo ministro competente (no sentido de responsável pela área...), que o citado seria dono de brilhante biografia, apurei o ouvido. O jornalista então se pôs a desfiar as "qualidades" do indicado: partícipe da guerrilha de 64, terrorista, organizador de assaltos a banco, defensor da democracia. Depois, na virada, tornou-se integrante de governo estadual, atuando na Casa Civil do governo riograndense, tendo participado de diretoria de banco estatal e depois juiz civil do Tribunal de Justiça Militar gaúcho onde chegou à presidência. De fato, uma biografia e tanto. O cidadão em comento revelou ser dono de uma personalidade ímpar, e de uma invejável capacidade de se adaptar a situações novas, saltando de bandido, assaltante de bancos, planejador de ações terroristas a executivo da área pública e a até a juiz. Com uma invejável aposentadoria, referido "defensor das liberdades democráticas" por certo também amealhou polpuda indenização pela "perseguição política" e, agora, será galgado a invejável cargo na estrutura organizacional do 2º escalão da República, numa estatal malfalada por aí... Certamente, lá terá nova oportunidade de mostrar seus dotes de executivo. Com direito a uma razoável remuneração, certamente... Bela biografia! Morro e não vejo tudo, por isso, vou doar minhas córneas...

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Rocinha

A  ocupação da favela da Rocinha (invasão é coisa de sem-terra) por forças policiais na madrugada de domingo me deixou com uma pulga atrás da orelha. Isso porque tal operação foi anunciada com mais de 24 horas de antecedência. Resultado: um ou dois presos pés-de-chinelo. Se o objetivo era esse mesmo, não prender ninguém, pode-se dizer que a operação foi um sucesso. Não me lembro, em meus 32 anos de serviço na Brigada, de ter havido anúncio prévio de realização de operações policiais. Com exceção daquelas em que se pretendia informar o público e a Imprensa (policiamento de futebol, Carnaval e outros eventos) a regra era a de desencadear esse tipo de ação sem qualquer aviso. Agora, numa operação em que visivelmente se devia precipuamente prender traficantes e seus asseclas num local conhecido nacionalmente por ser base do tráfico, se faz um mega anúncio prévio do que vai acontecer parece mesmo ser mais uma jogada de marketing do que uma ação tecnicamente policial. Claro que as apreensões de materiais objetos de furto (armas, veículos, etc) foram importantes, mas se não houvesse o aviso as vias de acesso não teria sido bloqueadas e sabotadas com a colocação de óleo, por exemplo. E mesmo em se anunciando para um hora, a operação deveria ter se iniciado bem antes, com o monitoramento bastante prévio para se evitar essas contra-ações de parte dos traficantes. Bem, mas a Polícia de lá não é mesmo a daqui... Por último: por que a participação da PRF em uma operação urbana?

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Governo quer punir personagem de novela

A colunista Regina Rito, do jornal O Dia, informou que a novela Fina Estampa, da Rede Globo,  provocou a reação de Iriny Lopes, ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres.

Ela enviou um ofício à TV Globo pedindo que, no enredo, ocorra a punição do personagem Baltazar (Alexandre Nero), por causa das constantes agressões à sua mulher, Celeste (Dira Paes).

Aguinaldo Silva, autor da trama, esbravejou em seu Twitter: "Ira-ny, a insaciável, agora quer ser co-roteirista de Fina Estampa".

A emissora divulgou a resposta oficial enviada à ministra: "Tomamos a liberdade de não antecipar desdobramentos para não frustrar os telespectadores. Mas, com certeza, a ficção e a liberdade de expressão estarão em consonância com que se espera", escreveu Luis Erlanger, diretor da emissora.

Segundo a mesma jornalista, a cena da prisão do personagem está prevista para ser exibida em três semanas.

A trama de Fina Estampa conta a história da açoriana Griselda. De família muito pobre, ela veio para o Brasil aos 5 anos. Aos 14 se casou e aos 15 anos foi mãe. Sozinha, ela criou os três filhos: Joaquim José (o Quinzé) , José Antenor e Maria Amália.

Seu marido, Pereirinha, era pescador e morreu em alto-mar, e seu corpo nunca mais apareceu. Para sobreviver e criar seus meninos, passa a fazer uma das únicas tarefas que aprendeu fora do serviço doméstico: mecânica. Griselda conserta de tudo um pouco, desde trocar pneus a mexer com eletricidade, ou reparos em eletrodomésticos, fazendo pequenos serviços de casa em casa, sempre usando um macacão de oficina. É conhecida como Marido de Aluguel ou Pereirão por seus serviços.

A situação que levou o Governo a pedir a punição do agressor é o drama de Celeste que apanha muito de Baltazar. Ela cria com dificuldades a filha Solange e não tem coragem de denunciar o marido à polícia.

Baltazar é um homem cruel que não mede esforços em impor seu poder, destruindo as pessoas que atravessarem seu caminho. Celeste só pode contar com a ajuda de sua vizinha e comadre, única e melhor amiga, Griselda.

Fonte: www.espacovital.com.br

Nota do editor: a melhor qualificação para essa ministra que tenta meter o bedelho em tudo - nunca ouviu falar em "estado mínimo"? - foi a do Aguinaldo Silva: "a insaciável"...

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Prato feito

As manifestações havidas nas últimas emanas nas rodovias gaúchas atribuídas a segmentos de praças da Brigada Militar repercutiram favoravelmente em setores da opinião pública gaúcha. Segundo breve enquete realizada pelo Jornal do Almoço, da RBS TV, nesta quarta-feira, mais de 70% dos participantes da pesquisa se mostraram a favor dos atos, ainda que os mesmos demonstrassem um certo contrassenso haja vista que se tratou de queima de pneus em rodovias, tipo de coisa normalmente executada por pessoas não vinculadas a órgãos policiais. Mas, mesmo assim, onde deveria realmente ecoar, ou seja, no bojo do Governo estadual, tais protestos foram rejeitados, como se fosse um tiro no pé. Segundo manifestação do secretário da Segurança na ZH de hoje não se pode precipitar protestos desse tipo com negociação em andamento. Assim, em vez de reforçarem o seu protesto e legitimar o seu pleito, os autores de tais atos conseguiram uma boa justificativa governamental para, como se diz, "fincar o facão no toco". Deram um motivo para o governo repudiar tais fato e endurecer o jogo da negociação. Foi mesmo um prato feito. Faltou cintura e assessoramento aos autores. agora, vão ter de aguentar no osso as consequências.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Ponte no Cruzeiro

Bem que a SMO poderia melhorar sensivelmente o acesso à ponte recém pronta que liga o bairro Cruzeiro ao prolongamento da Av. Bento, fundos do BIG. Fizeram uma bela obra, necessária, importante mas os acessos ficaram a deus dará... Como se diz, parece a casa do cara aquele em que a sala é um brinco e o banheiro, um pardieiro... Por que não fazer a coisa toda bem feita, completa?

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O Executivo e as medidas necessárias

O Executivo pelotense está às voltas com um impasse nas últimas semanas (ou meses). A pretextos vários, a Câmara Municipal trancou a pauta de votações e com isso a administração pública está de mãos amarradas para dotar algumas medidas absolutamente necessárias ao desenvolvimento do município. Ora é a greve dos servidores do Sanep, ora o reajuste dos barbabés municipais, ora a falta de quorum porque nçao sei quem estrá de aniversário, ou viajou, ou não pôde comparecer... Os mais variados e despropositados motivos são invocados para o trancamento da pauta. Só não o foram, todavia, para se auto-aumentar e reajustar os vencimentos dos funcionários da Colenda. Aí, tinha quorum. E quando medidas não são votadas, outras são deixadas de ser enviadas para tal, por receio de rejeição, o que é, no caso, um temor sem fundamento. Caso, por exemplo, do projeto do estacionamento rotativo, medida suplicada por grande parte da população, por todo o comércio, mas que encontra rejeição entre alguns edis padrinhos de flanelinhas. Isto é, alguns vereadores em vez de atenderem ao interesse público, curvam-se, sabe-se lá a que u preço, a interesses particulares de uma meia dúzia que se adonou do espaço público. Já entre os projetos que estão à espera da boa vontade da Câmara figura o da licitação para a exploração do transporte coletivo urbano e rural. E novamente aqui veem-se figuras que esbravejam contra a medida a pretexto de proteger os empregos e as empresas locais. Ora, os empregos estão garantidos no bojo do projeto que concede estabilidade aos atuais empregados da empresas que exploram o serviço. Não há, portanto, nenhum motivo razoável que seja, para a obstaculização da votação ou até de sua rejeição. O que há são interesses espúrios, obscuros, não suficientemente trazidos a lume. E um receio do Executivo em enviar o projeto sob a alegação que será rejeitado porque a base é fraca. A base, ora a base, quer concessões, barganhas, cargos... Aqui, no Piratini, no Planalto, em qualquer lugar. Prefeito, faça a sua parte, mande os projetos e transfira a responsabilidade para a Câmara. Aí, quero ver quem vai reclamar do Executivo!

Livros distribuidos pelo Governo ensinam errado

O Ministério da Educação, através do Programa Nacional do Livro Didático, distribuiu cerca de 485 mil exemplares do livro “Por uma vida melhor”, da coleção “Viver, Aprender”, aos alunos do ensino fundamental e médio do Brasil. Ressalte-se que a publicação é editada desde 1998, pela Ação Educativa.
A referida publicação vem recebendo toda a sorte de críticas por relevar ou, até mesmo, aceitar, erros de português. O texto do mencionado livro é cristalino, senão vejamos o trecho ora destacado:
“Você pode estar se perguntando: “Mas eu posso falar ‘os livro?’”
Claro que pode. Mas fique atento, porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito lingüístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas lingüísticas. O falante, portanto, tem de ser capaz de usar a variante adequada da língua para cada ocasião”.
A leitura do trecho acima transcrito é de simples, rápida e fácil compreensão. Não há delongas no entendimento das assertivas trazidas à colação: o livro “Por uma vida melhor” admite ser possível que o seu leitor fale o termo “os livro” como, sem dúvida, possível também seria utilizar os termos “as pessoa”, “os carro” ou “nós vai”.
Outro trecho do citado livro, através da frase “os menino pega o peixe”, afirma que o substantivo comum “menino” refere-se a terceira pessoa “com idéia de plural”, tendo em vista o artigo definido “os”. Vale repetir a assertiva anterior: um substantivo comum escrito no singular, segundo a publicação, pode ter “ideia” de plural, bastando a ele aplicar o artigo definido que conceda essa possibilidade.
De clareza solar, como a intenção da publicação ora em comento, também é a regra inserta no artigo 13 da Constituição da República:
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil”.
Não há dúvidas, outrossim, que o Brasil é signatário do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, promulgado através do Decreto nº 6.583/08 e em vigor desde 1º de janeiro de 2009.
Cumpre ressaltar que o livro “Por uma vida melhor” não visa lecionar um dialeto regional admitido no país ou outro idioma oficial. A publicação, escrita no idioma oficial do Brasil, qual seja, o português, admite erros, pelos mesmos se tratarem de uma linguagem popular.
O mencionado livro, inclusive, em diversos trechos, confere ao leitor a opção de utilizar a linguagem correta ou a errada: tal uso dependerá da situação, que ficará sob o julgamento do próprio locutor.
É evidente que a utilização desse tipo de publicação não traz benefícios a qualquer pessoa que o lê, sobretudo àqueles que estão no momento de sua formação educacional, quais sejam, os estudantes do ensino fundamental e médio. É nesse momento que os cidadãos preparam-se para o futuro. A base educacional, na maioria das vezes, definirá os rumos que cada pessoa tomará.
O livro “Por uma vida melhor” não visa, em uma primeira análise, proporcionar “uma vida melhor” aos seus leitores. A afronta ao texto constitucional é flagrante. O português, sem suspeita, não é lecionado na citada publicação. O que se leciona é um idioma diverso daquele adotado pelo Brasil, porém, com grafia semelhante ao português. Há violação, outrossim, às regras constantes no Decreto 6.583/08, cujo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa promulga, e que é adotado, além do Brasil, por República de Cabo Verde, República de Guiné-Bissau, República de Moçambique, República Portuguesa e República Democrática de São Tomé e Príncipe.
Se tal medida educacional prevalecer, o “novo português” oferecido pelo Ministério da Educação irá de encontro ao português constante nas provas de vestibular e concursos públicos. É evidente que grafia e fala lecionadas de forma equivocada irão prejudicar o cidadão que está sendo formado. Curioso será o caso, também, daquele que, de posse mental do “novo português”, empregar o termo “os ônibu que nós pegamo quebrou” ao tentar explicar ao chefe a razão por ter atrasado na chegada ao local de trabalho. Pela ótica do livro, a assertiva acima está correta, pela ótica do chefe, soará claramente como ignorância do seu funcionário.
Não pode o livro, ainda, conferir “livre arbítrio” ao locutor para empregar as duas modalidades lecionadas. Se há um modo correto, há que se lecionar apenas esse, abolindo o modo incorreto. Se houver confusão, pelo locutor, no emprego desses termos, poderá por em risco seu trabalho ou uma determinada prova que estiver realizando.
É fundamental que o Ministério da Educação retire de circulação todos os exemplares do livro “Por uma vida melhor” e proceda às correções necessárias. Do contrário, estar-se-á violando um idioma cujo acordo ortográfico foi assinado por seis países e inserto no texto constitucional brasileiro. Ademais, erros, até então, eram aprendidos nas ruas, nunca nas escolas.

Fonte: www.conjur.com.br 

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O inverno, o trânsito e os veículos.

Todo os anos o cenário se repete no RS: chuva, garoa, tempo encoberto, cerração forte compõe a paisagem gaúcha durante boa parte do inverno, sendo que a cerração é fenómeno que ocorre todo o ano. Ainda assim, boa parte dos condutores ainda não aprendeu a dirigir seus veículos nessas condições, abdicando de usar os equipamentos ao alcance da mão para evitar acidentes. Sabe-se que no transito mais importante que ver é ser visto. Assim,, uma medida prosaica que todos podem adotar - e até devem, para sua própria segurança e a de terceiros - é seguidamente negligenciada. O trafegar com as luzes externas do veículos acesas (farol baixo ou sinaleira/farol/lanterna de neblina) é uma medida que deveria ser obrigatória por lei, mas não é. O que não impede nem proíbe que se use tais recursos quandoi as condições climáticas diminuem sensivelmente a visibilidade. O que mais me impressiona é que essa negligência tinge motoristas profissionais como os condutores de ônibus, caminhões, veículos de entrega, taxistas, etc. Nas empresas, o responsável pelo setor de operações ou chefe de tráfego deveria ser o primeiro a expedir orientação aos motoristas, afinal isso faz parte da direção defensiva, procedimentos que há muito existem e que deveriam integrar um programa de treinamento que se preze. Também os órgãos de trânsito de todos os níveis deveriam intensificar campanhas nesse sentido, sendo que os normativos como DNIT, ANTT, secretarias de transportes, DAER (no RS) e secretarias muncipais de trânsito deveriam expedir recomendações às empresas que exploram o transporte coletivo (ônibus) e individual (táxis) contendo essa orientação. Quanto ao governo federal, há que se estudar com urgência modificação no CTB a fim de que se obrigue todo o veículo a tarfegar com as luzes externas acesas (farol baixo) nas rodovias, o que minimizaria bastante a dificuldade de visibilidade diante das condições climáticas adversas além de relativizar o chamado "efeito-paisagem" que consiste na confusão entre o veículo, o pavimento e a vegetação à margem das estradas. Com isso, muitos prblemas e acidentes que ocorrem poderão ser evitados.

Liminar manda desobstruir aterro do lixo

A Procuradoria Geral do Município (PGM)  obteve ontem à tardinha medida liminar junto ao magistrado da 6ª Vara Cível determinando a desobstrução do aterro sanitário do município a fim de que os caminhões do lixo possam ali descarregar o material recolhido na cidade. Chega ao fim, pois, uma situação que poderia se arrastar, não fosse a pronta atuação da PGM, a sensibilidade do magistrado e a compreensão dos servidores que estavam no local e que, mediante a intimação judicial por Oficial de Justiça, resolveram cumprir a medida de forma pacífica. O procurador geral, Luiz Eduardo Longaray, acompanhado do diretor-presidente do Sanep, Ubirajara Anselmo e do oficial de Justiça, estiveram na noite de ontem no aterro e mediante a exibição do mandado judicial contendo a decisão obtiveram a desobstrução da entrada do local. Com isso, acredita-se na normalização na coleta do lixo a partir de hoje, principalmente no bairro Areal que não tinha sido alvo da coleta já na segunda-feira.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Greve no Sanep

A greve no Sanep começa a mostrar os resultados negativos à população - que é o que eles querem, óbvio. Grande parte das ruas da cidade amanheceu com suas casas ostentando sacos de lixo pendurados nas grades ou no nas lixeiras pela falta de coleta que deveria ter sido realizada na noite de segunda pela empresa responsável. Liga-se para o Sanep, e a telefonista diz que é para se ligar para a empresa... Liga-se para a empresa e, bingo, a atendente diz que dependem do Sanep cujos grevistas não dão acesso ao aterro sanitário. Adivinhem quem é o marisco nessa briga entre o mar e o rochedo? Só queria saber se vai ficar assim, indefinidamente, se vamos ter de sair à rua com o lixo nos carros e atirar no primeiro terreno baldio que enxergarmos à moda bicho, se o Ministério Público do Trabalho vai fazer alguma coisa (pedir a ilegalidade do movimento, etc...). Por que dizer que estão mantendo 30% do serviços é insultar nossa inteligência, significa que só 30% da população vai ter o seu lixo recolhido. Vai ficar como no governo Bernardo em que a greve durou sei lá quanto tempo (não estava aqui) mas viam-se amontoados de lixo pela cidade afora? E os direitos dos cidadãos que pagam impostos, trabalham e e têm direito a exigir que o Município preste serviços básicos, onde ficam? FIquem esses grevistas sabendo que o direito deles termina onde começa o nosso. Em outros tempo,a Brigada interviria para assegurar a abertura dos aterros e que os que não quisessem aderir ao movimento pudesse ter acesso ao trabalho. Mas, isso era em outros tempos, que, infelizmente, não voltam mais...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Blog do Brodi: Fogo no pedágio

Blog do Brodi: Fogo no pedágio: "Estamos chegando, perigosamente, ao ápice da apologia ao crime de parte de autoridades e figuras públicas. Começou com essa história de desc..."

Fogo no pedágio

Estamos chegando, perigosamente, ao ápice da apologia ao crime de parte de autoridades e figuras públicas. Começou com essa história de descriminalização da maconha que em parte foi atingida com a nova lei de tóxicos que prevê apenas a internação do usuário (leia-se ciente do traficante e seu incentivador do negócio, óbvio...). Prosseguiu com as tais marchas de descriminalização, ou seja, com a apologia do uso indiscriminado da maconha sob a alegação, entre outras, que álcool e cigarros fazem mal, também, e não são proibidos, e que a canabis pode ter uso medicinal. Por ora, temos um tal projeto de lei tramitando nos bastidores da Câmara tornando crime a tal homofobia (embora o governo tenha sinalizado hoje com sua retirada...), isto é, dizendo que se eu condenar o homossexualismo, terei cometido crime, independente de ser meu direito constitucional manifestar livremente meu pensamento. E agora o diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura Terrestre (Dnit, antes conhecido como DNER), numa manifestação no Paraná pregou que se incendeiem as praças de pedágio, tacando fogo nas cabines como forma de protesto diante da não duplicação de uma rodovia concedida (leia-se "pedagiada"). Ou seja, não providenciou, não fez a obra, fogo neles. Esse sujeito deveria ter sido destituído ontem à noite do cargo, mas até agora, ao que se saiba, ainda está lá. E, por certo, vai dizer que não é bem assim, que foi apenas uma forma de expressão, que tem de interpretar no contexto, blaá, blá...Morro e não vejo tudo, por isso, vou doar minhas córneas...

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Encontros de professores

Assisti ontem à noite, extasiado, a um verdadeiro encontro de mentes que brilham. De um lado, o jornalista professor, filósofo Ruy Carlos Ostermann. De outro, o professor, ilustrador gráfico, escritor aldy Garcia Schlee. Integrando o projeto "Encontros com o Professor", já um sucesso em Porto Alegre onde há 7 anos recebe personalidades, agora o talk show (ainda posso, não é, Dep. Carrion, afinal a lei ainda não foi sancionada...?) se interioriza e desta feita veio a Pelotas, a convite do Instituto João Simões Lopes Netto em cujo auditório o evento ocorreu. Solto como sempre, embora pouco à vontade diante de um microfone, como ele próprio admitiu, aliás, Schlee se revelou um crítico mordaz, um pouco além da conta, é verdade, de, entre outras coisas, alguns cultuadores do tradicionalismo, não explicando bem porquê, mas de uma maneira irreverente e mordaz que divertiu a todos. Seu resgate dos primeiros escritores gaúchos foi relevante a ponto de esclarecer à ávida plateia presente os nomes de romancistas que muitos sequer sabiam existir. À parte algumas extravagãncias verbais - como quando disse que o MTG é um braço não armado da Brigada e que os serranos não sabem montar a cavalo, o que seria privilégio dos aqui do Sul, o que é mais do que uma irreverência, para dizer o menos, Schlee mostrou porque é um de nossos escritores de maior sucesso. E contou algumas passagens intramuros de seus romances, contos e traduções, que fizeram a plateia vir abaixo. Ruy, a seu ponto, com muito bom humor soube provocar o entrevistado, mantendo-se, todavia, na sua posição de aparente neutralidade, não saindo de sua habitual fleuma nem quando provocado por Schlee que disse que a crônica esportiva de Porto Alegre é grenalista. Ao contrário do Jô, que tem um programa só pra ele brilhar -daí o nome ... - Ruy ficou na verdadeira posição do entrevistador, alfinetando, por vezes, e aliando-se ao entrevistado em outras. Enfim, um  ótimo programa que, como o próprio Schlee predisse, fez valer a pena não ter ido à Baixada...

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Salários e corrupção

Acho que nunca se viu, leu ou ouviu falar-se em corrupção, com todas as suas modalidades, como nesses últimos tempos no país. Liderado pelo “mensalão”, tivemos figuras impagáveis nesse setor, sendo o do “dólar na cueca” emblemático, para dizer o menos. Seguem-se editais de licitações viciados, nepotismos para inglês ver, lavagens de dinheiro, laranjas, bergamotas, comissões, sobras de campanha, Perto de tudo isso, o famoso “do cafezinho” ou “da cervejinha” é, com o perdão do infame trocadilho, café pequeno.

A velha “mordida” evoluiu, ganhou ares professorais, subiu de tom, aventurou-se a voos maiores. Mas, como dizia o interlocutor ao cara aquele que dizia que tinha um “fuca” embandeirado (tala larga, toca-fitas, surdina Kadron, volante esportivo, palanca de bola): “mas ainda é fuca, meu...”. Ou seja, mordida é mordida, independe do valor, do mordedor, de quem corrompe. E ponto.

E sobre isso tenho ouvido dos que bravamente clamam por melhores salários aos policiais, professores e outros semimiseráveis menos votados que tal melhoria viria a combater a corrupção. Segundo esses, tais categorias de servidores, das chamadas carreiras de Estado (cuja maioria esmagadora já ganha muito bem, obrigado, notadamente as de outros poderes e/ou nível como os federais, por exemplo) o fato de ganhar salário correto diminuiria os eventuais desvios de conduta.

Ledo engano. A repulsa à corrupção depende muito mais da formação familiar, educacional do servidor do que o salário que recebe. Claro que quando a fome ou a saúde dos barrigudinhos em casa piorar ou apertar, nunca se saberá a reação do provedor. Todavia, se for uma pessoa de bom caráter e de boa origem (não significa necessariamente rico, tem muito milionário ladrão ou corrupto por aí e a maioria dos humildes, pobres mesmo, é de pessoas honestas) não se haverá desvios de conduta.

Logo o ganhar bem não é, pois garantia de probidade; os casos antes citados do mensalão, cuecas mais os que vimos esses tempos de altos servidores da PRF/RJ presos por corrupção, por exemplo, atestam bem isso. Nada disso, porém, invalida a postulação por melhores salários que além de necessários, são justos e devem ser pagos. Porque representam a retribuição do Estado a carreiras típicas, imprescindíveis, pois, à segurança e à educação, casos dos policiais e dos membros do magistério, apenas para citar dois dos mais ilustres primos pobres que figuram nessa galeria, esses servidores precisam ter a segurança econômica assegurada porque lidam com a vida, com a saúde e com os filhos dos cidadãos e sua evolução educacional.

Salário digno é isso, a contrapartida do Estado a quem, por, ele, Estado, se dedica e que deve, por isso mesmo, deixar de ser vizinho da marginalidade, entre outros aspectos.




quinta-feira, 24 de março de 2011

Palestra "descobrindo a pólvora"

Notícia no Diário da Manhã (Pelotas, ed. de 24/03, pág. 18) informa que o secretário da Segurança Pública fará palestra na Academia de Polícia Militar na segunda, 28, tendo como tema "Novos paradigmas da Segurança Pública". Diz o relise que a fala de S. Exº vai inaugurar um ciclo de palestras sobre gestão na Segurança. Entre outros pontos a serem abordados estão o da transversalidade de políticas públicas, além do fato de que a integração com as administrações municipais e as comunidades faz com que os delegados de Polícia e Oficiais da brigada "tornem-se também gestores de políticas de segurança ´pública". O novel titular da pasta, oriundo do Ministério Público e que já foi superintendente da Susepe no fatídico governo Olívio e depois diretor do Departamento Penitenciário Nacional sob a égide do atual governador quando titular da Justiça, no plano federal, parece que quer reinventar a roda ou redescobrir a pólvora. Por acaso, a excelsa autoridade pensa  o que com relação às atividades da BM e PC na Segurança de nosso Estado? Porventura, pensa o secretário que as autoridades policiis estão a veranear peloa estado afora, ou a dar porrada nos cidadãos a torto e a direito? Que não contatam com prefeitos, vereadores, secretários, líderes comunitários, empresários, estudantes e o povo em geral para aperfeiçoar seus métodos e condutas com o fito de minimizar a criminalidade? Será que sua Excelência acha mesmo que é o governo do PT quem vai ensinar aos brigadianos e policiais civis a trabalhar? Como por exemplo a aconselhar, como fez um indigitado seu antecessor ao dizer que se estivesse na situação de um assaltante de farmácia também sairia por aí a roubar? Ou vai reiterar o ensinamento de que é preciso o policial alertar o bandido e só depois fazê-lo parar quando em perseguição armada? O que mais tem o PT a nos ensinar em matéria de Segurança, a não ser compartilhar com os invasores de terra e de prédios públicos e com os autores de pilhagens de fábricas ? Pensam que somos uns energúmenos, uns neófitos e que não sabemos nada? Ora, lá no longínquo ano de 1996 o curso destinado a preparar oficiais superiores da BM ao exercío da função de Alto Comando já tinha a denominação de "Especialização em Políticas e Gestão de Segurança Pública". Não era por nada. E o PT nem sonhava ainda com governo do Estado e muito menos com o da União. Logo, por favor, poupe-nos, secretário, dessas cantilenas e nos deixe trabalhar.

terça-feira, 22 de março de 2011

Receita aperta fiscalização

Li no Diário Popular que a Receita federal vai apertar a fiscalização no aspecto de despesas médicas constantes da Declaração de Ajuste do Imposto de Renda, pessoa física. Nem poderia ser diferente, afinal este é o papel do fisco, apertar o cerco procurando sonegadores ou fraudadores. como a bagatela que o Tesouro arrecada por ano - quando precisamos trabalhar mais de quatro meses só para pagar os tributos - é natural que se fiscalize tudo e á exaistão. só não vejo o mesmo entusiasmo e a mesma dedicação dos agentes políticos e públicos da receita em outras direções. Só para exemplificar: o anunciado reajuste de 4,5% na tabela do IR ainda não saiu, e estamos no final de março. Outra: é permitido abater, a título de "Despesas com Instrução", o valor de R$ 2.830,00 per capita o que equivale a uma mensalidade escolar de populdos R$ 235,83 (todos sabemos quanto se paga por um colégio ou universidade particular), sem contar o material escolar que não pode ser deduzido (nem adiantaria pois sem isso já se alcança o teto...). E cada dependente vale a assombrosa cifra de R$ 1.808,28, o que dá R$ 150,00/mês ou R$ 5,00/dia. Igualmente, todos sabemos quanto custa um dependente (alimentação, higiene, limpeza, essas coisinhas básicas e prosaicas...). Da mesma forma, o próprio declarante não conta para ter despesas suas abatidas, isto é, ele próprio não conta... Ou seja, o declarante não se sustenta ou não existe...
Ademais, se você quer praticar um ato solidário com um neto, um sobrinho, um afilhado ou uma pessoa qualquer, pagando-lhe um plano de sáude, por exemplo, ou custeando-lhe os estudos, não poderá deduzir essas despesas, a menos que os beneficiários sejam ou seus dependentes legais ou alimentandos, isto é, você pague uma pensão judicial a eles. Assim, se você quer se responsabilizar pelos estudos de um sobrinho, filho de um seu irmão que não tem condições, por exemplo, já sabe que não poderá incluir essa despesa em sua declaração, ou, pelo menos, não poderá deduzi-la.
Para corrigir essas minúsculas distorções, não vi nenhum movimento de nossas preocupadas autoridades fazendárias, apenas se declaramos corretamemente uma consulta de R$ 50,00 ao médico que vive desses polpudos honorários. Esses, e nós, sim, preocupamos muito o Fisco. Também não vi nenhum movimento de nossos mal-pagos parlamentares no sentido de apresentar projeto de lei para tornar nossa vida fiscal mais amena. Decerto porque eles ganham mais indenizações do que gratificações, escapando, assim, à voracidade do Leão...

domingo, 6 de março de 2011

Audiência em Palácio

O último informativo da Asof noticiou que o presidente da entidade e mais dois assessores foram recebidos na Casa Civil com a finalidade de dar início às “tratativas da entidade com o governo na busca de reposição salarial”. Até aí, nada demais. Só que quem recebeu o líder máximo da categoria dos Oficiais da Brigada Militar foi uma assessora dos Movimentos sociais, isto é, uma funcionária “Cargo em Comissão”, tipo quinto escalão.

Vejo no episódio um equívoco e uma desconsideração. Equívoco porque a Asof não é um “movimento social” do tipo MST, MAF ou coisa que o valha – ainda que um ex-comandante nosso tenha vestido um boné desses certa feita, por sinal em governo do mesmo partido do atual. Nossa associação é uma entidade de classe, que congrega os líderes de uma Instituição mais do que secular e cuja importância não sou quem vai mostrar aqui e agora, visto que todos a conhecem e sabem bem do que se trata.

Desconsideração porque mereceríamos no mínimo que o Chefe da Casa Civil nos recebesse e digo “nos” porque o presidente Riccardi estava lá representando os associados. Ao designar uma assessora, quem nem subchefe é, o titular da Pasta simplesmente demonstrou o seu deboche, o seu escárnio, claro que tutelado pelo governador, que tem pela BM e seus Oficiais. Quando o CPERGS esteve em palácio na semana anterior não me consta que tal assessora tenha sido quem recebeu as dignas representantes do magistério gaúcho.

E acho que também o preclaro Presidente da entidade também pisou na bola porque deveria, ao ver por quem seria recebido, se retirar incontinenti, declinando os motivos e exigindo ser recebido pelo Chefe da Casa Civil. Ao depois, deveria ter oficiado energicamente ao Senhor Governador e publicado nota oficial repudiando o ato.

Se no início do governo já somos tratados dessa forma, como o seremos depois... E não me consta também que, quando em campanha, o sr. Tarso tenha mandado um assessor visitar nossa associação. Fê-lo pessoalmente, certamente porque lhe convinha. Agora, porém, parece que não mais... Tem coisas que a alguns dos nossos nunca aprendem...

Terrorismo político

O jornal Zero Hora publicou duas reportagens em sequência a respeito do pagamento que o Estado tem que fazer aos funcionários que obtiveram ganho de causa na Justiça sobre os reajustes da Lei Britto, assim conhecida a Lei nº 10.395/95. A citada lei reajustou os vencimentos dos servidores estaduais (não todos), reajuste esse que foi pago parceladamente até que o Estado simplesmente deixou de pagar duas parcelas do aumento. sob a alegação que infringia dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal, o "Hobbes dos Pampas" simplesmente não cumpriu mais com sua obrigação a que ele mesmo se impôs. Ora, com isso milhares de servidores acorreram ao Judiciário e tiveram ganho nas ações, obviamente. Tanto que até a governadora Yeda resolveu implantar na folha de pagamento, de forma administrativa, e parceladamente, os tais índices antes caloteados.
Quando tudo já se havia pacificado, porém, com as execuções tramitando e o Estado pagando - devagar quase parando - os atrasados - sim, porque os reajustes têm um débito anterior, Yeda mandou pagar de 2008 em diante, sem os "pratrasmente", como diria Odorico, eis que aparecem essas tais reportagens, colocando o Estado numa situação de vítima e os servidores como vilões, que vão quebrar as burras, ficando o coitadinho do erário sem dinheiro para investimentos sociais.
Já vi esse filme em governos anteriores. Ora, o Estado está nessa situação de devedor simplesmente porque não cumpriu com sua obrigação lá atrás, como bem afirmou um magistrado na primeira matéria. Logo, não venha agora posar de vítima. É, sim, mau pagador e tem de honrar esses precatórios que aliás deveria é estar se programando para pagar com mais rapidez. Há credores que podem não recber tal a idade avançada que tê, ficando os créditos para a sucessão.
E o jornal poderia pelo menos mostrar um vesgo de imparcialidade ouvindo o outro lado, isto é, os servidores e não apenas o pessoal CC da Sefaz. Assim, as matérias não pareceriam coisa encomendada...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Remédio para pressão e diabetes passa a ser distribuído de graça

Medicamentos para hipertensão e diabetes passam a ser distribuídos gratuitamente a partir de hoje pelo programa "Aqui Tem Farmácia Popular". Cerca de 15 mil drogarias em todo o país estão conveniadas ao programa. Anteriormente, o governo pagava 90% do valor dos medicamentos para hipertensão e diabetes e o cidadão tinha de arcar com o restante. Para ter acesso aos remédios, é preciso apresentar um documento com foto, o CPF e a receita médica que comprove a necessidade do medicamento. Ao todo, serão disponibilizados pelas farmácias medicamentos que contenham algum dos 17 itens listados pelo Ministério da Saúde (veja lista). O nome comercial dos medicamentos disponíveis será divulgado por cada farmácia. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a gratuidade para os medicamentos contra diabetes e hipertensão não irá gerar custos extras para o ministério. De acordo com Padilha, foi feito um acordo com as empresas, que, segundo ele, aceitaram reduzir margens de lucro para garantir a oferta gratuita. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 900 mil hipertensos e diabéticos devem ser beneficiados com a medida.

Fonte: http://www.folha.uol.com.br/


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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

As calçadas dos Calçadões

Apenas para continuar um assunto destacado na mídia local, quero reclamar aqui das calçadas dos nossos Calçadões. Dia desses, um amigo se mostrava indignado com o trabalho feito por alguns operários na Rua 15, defronte o Aquário, de reposição de peças na calçada. Com ladrilhos (ou mosaicos ou lajotas, seja lá o nome que tenha) completamente diferentes do original, via-se que o passeio estava ficando uma verdadeira colcha de retalhos. Mais pra trás e olhando-se o piso do Calçadão da Sete depois o da Andrade Neves, o panorama era o mesmo. Ou seja, um completo serviço porco num total desrespeito à ideia original e aos usuários. A visão é um horror numa cidade que sempre primou pela preservação das artes, da cultura e da história e agora mais ainda com as obras do Monumenta. É uma pena que os lojistas ou seja lá quem for não estejam, preocupados com a preservação do passeio original, colocando qualquer pedra para tapar os buracos - que, aliás, continuam em muitos locais, e aí outro problema, que podem causar acidentes com pedestres. Fica aqui o apelo à CDL, ao Sindilojas e ao Município para que fiscalizem e impeçam tais ações que só agridem o visual do nosso centro.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Saúde e a nova secretária

Sempre defendi, inclusive quando estava no "Treze" do meu amigo Clayton Rocha, na RU, que a maior causa do congestionamento do Pronto Socorro de Pelotas localizava-se nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), os chamados "postinhos". com o passar do tempo, o problema só piorou. Enquanto tais unidades não funcionares a pleno, com atendimento clínico integral aos pacientes necessitados, em especial nas áreas de clínica médica, gineco-obstetrícia e pediatria, o caos não terá fim pois tudo desembocará no PS. Assim, espera-se que a nova secretária bote em forma essa turma toda e colherá os louros da vitória que serão os reflexos da diminuição da demanda no PS. Em Porto Alegre, o jornal Zero Hora fez um levantamento do trabalho nesses posto e deu de tudo: médicos que não vão, chegam atrasados, marcação de consultas desde por ordem de chegada, com entrega de fichas, uma vez por mês, por semana, de tudo um pouco, sem nenhum critério uniforme. E aqui, como será? Claro que outro problema reside na falta de leitos nos hospitais para abrigar os pós-operados, mas isso já é outra história.

Carteiros

O atraso nas entregas das correspondências não pode ser debitado exclusivamente aos claros existentes nos quadros de carteiros. Fosse assim, e a situação não ocorreria de uma hora para outra, sem mais nem menos. Há outras razões, de gerenciamento inclusive, que podem explicar tal deficiência. Uma delas foi o remanejamento, por critérios político-partidários, de carteiros para cargos em comissão, internos, de chefia e/ou assessoramento, o que, sim, acabou por descobrir as vagas nas ruas. Agora, encomendas e/correspondências enviadas por Sedex são enviadas e entregues pontualmente. E não adianta dizer que devemos ligar para o 0800 ou para o saite: o que vão fazer, fabricar carteiros? Fiz uma reclamação pelo saite há mais de 15 dias e estou esperando a resposta até hoje. Que queda brutal para uma instituição que já foi a mais confiável nas pesquisas realizadas na população dentre as empresas estatais. O governo precisa retomar as rédeas desse serviço. Ou a privatização será inevitável - acho até que nem precisamos chegar a tanto, basta abrir o mercado, tirando o caráter monopolista da ECT. Aí, sim, quero ver se os aguapés não vão se agitar...!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A Globo e o exemplo

A importância dos meios de comunicação social no desenvolvimento e formação da opinião pública não são novidade para ninguem. A par do entretenimento, do lazer e da informação tais veículos devem cumprir, ainda, papel social a merecer atenção de seus ouvintes, leitores e telespectadores. Assim, o jornal, o rádio, a TV, a Internet e todas as mídias têm vital missão ao atingir os seus destinatários finais. A TV e o rádio, por serem destinatários de concessões públicas, devem mais ainda se concentrar no cumprimento dessas missões de relevância dado que suas emissões provêm de autorização governamental, sou seja, por via indireta, do povo. Assim é que quando tais veículos publicizam determinados programas, notícias, coberturas, novelas, filmes, etc, devem levar em conta quem está no outro lado, que tipo de leitor, ouvinte, internauta, telespectador está atento a isso e o que poderá apreender com tais mensagens. Recentemente, tem se visto a TV Globo levando ao ar anúncios institucionais exaltando o papel que social que a emissora cumpre ao exibir novelas. Temas digam respeito a preconceitos diversos como homossexualismo, idosos, cor da pele, raça, bem como dificuldades enfrentadas por minorias como deficientes físicos, etc, são levados ao ar pela emissora como fito de chamar a atenção de todos para tais questões. Isso é louvável sob todos os aspectos e haverá de ser capaz de induzir modificações em políticas sociais e comportamentos das pessoas. Todavia, nem só disso tem-se ocupado as novelas e outros programas da Globo (entre outras emissoras, claro, falo da Globo porque é ela quem tem se auto-elogiado). Na novela Passione que chegou ao fim na última sexta-feira, viu-se um festival de imoralismos nunca antes visto nesse país. Inobstante as combinações familiares surrealistas que o autor inventou - novela é também ficção - alguns comportamentos nada têm de edificantes ou exemplares e podem levar à errônea ideia de que a sociedade é normalmente assim ou que tais condutas são costumeiras e perfeitamente aceitáveis, o que não é verdade. Assim é que a novela acaba com um condenado por um crime que não cometeu, com a fuga de uma estelionatária para o exterior não sem antes deixar um rastro de crimes inclusive dois homicídios (a morte da atendente da cantina, não esqueçam, foi obra da Clara), o flagrante estímulo à bigamia, prática inclusive criminosa mas tratada pelo autor com indisfarçável zombaria e deboche, além de outras falcatruas menos votadas (falsificações, estelionatos, etc) além, é claro, da sempre presente traição, firme e forte em diversos núcleos da novela, chegando ao climax da mãe competir coma filha pelo jovem amante e com ele ficar ao fim da novela e a filha a tudo aplaudindo. A magnânima ação social da emissora ao ressaltar algumas práticas atentatórias à dignidade humana foram anuladas pela total, digamos, perversão  de alguns dos enredos que levou ao ar no folhetim. Mas, em uma emissora em que o BBB é idolatrado e elevado ao cume das audiências, num programa em que apenas a luxúria é o mote de tudo (afora o prêmio é dinheiro e outros, óbvio), nada pode surpreender.