quinta-feira, 28 de setembro de 2017

O STF pode tudo??

A reação do Senado à decisão da 1ª Turma do Supremo na terça quando determinou o afastamento do Senador Aécio Neves do cargo e o proibiu de sair à noite está sendo alvo de críticas por muitos que sequer sabem o que estão dizendo. A reação dos senadores -desimporta quem são, a meu sentir, embora muitos assim o façam porque receiam o efeito Orloff... - é mais no sentido de preservar a instituição Senado Federal do que no corporativo. Isso porque não compete à Suprema Corte afastar um senador de seu mandado, menos ainda em medida liminar, sem que o réu seja sequer ouvido, ou no juridiquês, "inaudita altera pars"...
Assim, segundo a Constituição Federal compete apenas ao Senado julgar e afastar seus pares, na forma do art. 53 da Carta Maior, e não ao STF. Ainda mais que no caso nem houve processo e muito menos condenação no sentido literal do termo. Não estou eu a querer julgar aqui a decisão do Supremo, afinal quem sou eu...? Todavia, a intrusão da Suprema Corte em assunto eminentemente da alçada do Senado é inconcebível no Estado de Direito, e aí a reside a reação dos senadores.
E a comparação com o caso do Ex-senador Delcídio Amaral é descabida porque naquele o parlamentar foi preso em flagrante de crime inafiançável, a única situação em que o congressista pode ser preso. Já no caso de Aécio, que não foi preso, não houve flagrante, logo, inexistiu condenação e sim decisão liminar que o manteve em domicílio à noite o que equivale a dizer que está livre para sair durante o dia...
Portanto, o afastamento é inadmissível a menos que o fosse pelo próprio Senado. Resta, aguardar a decisão do Pleno do STF a quem por certo o indigitado senador recorrerá.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Obras de Santa Engrácia

Estamos há meses vivendo situações inusitadas em nossa Princesa do Sul. Requalificaçōes, recapeamentos asfálticos, seja lá o nome que tenha, a verdade é que são obras intermináveis, que atrapalham a vida, o trânsito, causam transtornos e não dão a mínima ideia de quando vão e se vão ser concluídas. A faixa exclusiva para ônibus da Osório só começou a ser utilizada como tal há pouco tempo. Mas, falta finalizar os abrigos, sinalizar as faixas, as paradas, etc. Na D. de Almeida temos um canteiro e um depósito de material a céu aberto, material que está até sendo furtado... Paradas de ônibus inconclusas com uma até em frente a um posto de combustíveis, canteiro central virado num lamaçal em dias de chuva. Enfim, uma zona total. E quem fiscaliza? Quem faz um edital que não prevê multa por atraso? E o MP tão vigilante em outras ocasiões, por que se queda inerte? Há que se tomar uma providência diante de tanto descalabro, tanta incompetência gestora!