quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Asfalto, trânsito, prioridades

A cidade vive um momento de muita turbulência no seu sistema viário, notadamente na área central em virtude de obras de recapeamento asfáltico. O que chama a atenção não são exatamente as interrupções no trânsito que as obras provocam, mas as suas consequências. Ao se planejar essas intervenções é preciso levar em conta que os desvios decorrentes devem ter o acompanhamento par i passu dos agentes de trânsito, para que se minimizem os congestionamentos e se faça o trânsito fluir. Por exemplo, ontem, quarta, a Ferreira Viana estava interrompida na confluência com a av. Bento, junto ao condomínio Cohaprin. No local, cavaletes e um agente que apenas observava, calmamente, os veículos que vinham da área leste e Av. JK e tinha de fazer o retorno junto ao antigo Habib's. Ora, esse agente tinha de estar realizando o controle do tráfego na outra pista da Barroso, na confluência com o retorno, sentido centro-bairro. sua presença ali era dispensável, pois já havia cavaletes. Outro exemplo: no cruzamento da Bento com Gonçalves, hoje de manhã, havia cinco agentes em animada conversa, nenhum fiscalizando, controlando ou sequer observando o fluxo. Gente de mais e sem ter o que fazer. Assim, não há efetivo mesmo que chegue.
Outro aspecto nessas obras é a prioridade: enquanto vias que já são pavimentadas recebem um recapeamento, outras que têm o pavimento defeituoso, com calombos, buracos, declives (pedra irregular) não têm a mesma atenção. São vias que poderiam servir para desafogar o trânsito em áreas conflagradas como o que vem do Laranjal e se destinam ao areal (início) como Edmundo Berchon, José Brusque e outras. No Areal, temos diversas transversais que estão em péssimo estado como Hilário Ribeiro, Alberto Pasqualini, Alberto Pimentel, Joaquim Vieira da Cunha, todas ligando a Domingos de Almeida à Ferreira Viana e que merecem um olhar mais atento da Secretaria de Obras e da UGP no que tange à pavimentação.
Ademais, a Domingos de Almeida, pista centro-bairro está seriamente deteriorada e em pouco tempo ficará intransitável de tantos remendos que já sofreu e que não resistem à primeira chuva. Importante radial que liga as zonas oeste e norte à leste, não está sendo objeto de atenção pelos setores que citei.
Por fim, a divulgação intensa dos locais onde haverá interrupção é atitude que se impõe. Ontem, a Zeferino costa estava fechada ao trânsito de veículos e isso não foi noticiado fazendo com que diversos usuários tentassem utilizar a via sem sucesso. Se soubessem da interrupção, por certo já teriam concebido itinerários alternativos...
Enfim, é preciso um levantamento minucioso antes de se fazer intervenções nas vias e detectar realmente quais as prioridades.

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