Com essa crise que se abate sobre o
Estado-membro, no caso o RS, vemos que quem está pagando a conta são os
servidores. Dando uma passada d'olhos sobre o organograma estatal vemos um
sem-número de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista que a
rigor nada têm a ver com a missão do Estado. Servem, as mais das vezes, como
cabide de empregos a sustentar cabos eleitorais, políticos da chamada
"base do governo", aquela que dá sustentação politico ao partido
governista e que o apoia quando pretende implementar medidas que dependem da
aprovação parlamentar.
Assim é que órgãos como Sulgás, FDRH, FEE,
Fepagro, Corag, Fapergs, Irga, Cientec, Fadergs, BRDE e tantos outros não
integram, de forma alguma, a chamada missão-fim do Estado. Surgem daí perguntas
como: o que quer o Estado com uma gráfica? Para que uma fundação de ciência e
tecnologia se já existem as universidades para a pesquisa? O que faz uma
Fadergs, ou uma FDRH esta para apenas promover concursos públicos para
terceiros...? E qual a finalidade de uma empresa de gás?? E o BRDE e Badesul,
se já existe um Banrisul?? E assim por diante.
É preciso, pois, um choque de gestão, mas um
choque verdadeiro, tipo assim anafilático, não um choquezinho de poucos
amperes. Com isso o Estado poderá se reerguer e cumprir missões que são de sua
competência exclusiva como saúde, segurança pública, saneamento básico,
infra-estrutura, penitenciarismo. Sobre educação, há quem sustente ser muito
mais barato ao Estado comprar vagas nas escolas particulares do que arcar com
toda a máquina estatal que mantém o sistema...
,
Nenhum comentário:
Postar um comentário